Fantástico mostra o que tem em Brasília e Lula não consegue ver

Mais não é só em Brasília, é no Brasil todo, de ponta a ponta. Nossa juventude está morrendo nas mãos de uma mãe Pátria que não preocupa, não investe e não tem soldados nem equipamentos para acabar com o tráfego de drogas e armas. Os 7 anos e 3 meses do companheiro Lula não foi o suficiente para investir na Polícia Federal, a não ser fazer operações espetaculosas.



Há quase 600 mil mandatos de prisão no Brasil, mas não há como cumprí-los pois as cadeias não cabem mais acusados, já estão "saindo pelo ladrão."

Blogueiro Seba

  • O Distrito Federal foi um dos últimos lugares no país a ser invadido pelo crack. A capital resistiu até 2007. Até então, era território da merla, outro produto da pasta-base de cocaína, consumido por usuários de periferia. Entre os jovens de classe média, era o ecstasy que passava de bolso em bolso para embalar festas. Hoje a pedra da morte conseguiu invadir de uma só vez os dois redutos e de forma mais intensa. Enquanto os comprimidos da euforia são ingeridos ocasionalmente em baladas de fins de semana, o crack já está sendo consumido diariamente por parte da juventude endinheirada. E pela miserável também.


O tráfico no Distrito Federal vem mudando de perfil. Basta olhar as estatísticas de apreensão. Enquanto a de merla vem reduzindo, a de crack aumenta. Somente no primeiro semestre de 2009 já foram recolhidas mais pedras (5.559 gramas) do que todo o ano passado. A Polícia Civil já identificou que a nova estratégia de mercado dos traficantes na capital é substituir a merla pelo crack. É mais fácil de portar, vender, conservar. Tem pedras de diversos tamanhos e preços, que vão de R$ 2 a R$ 10, dependendo da qualidade.

Mas a mesma pedra que rola na Ceilândia cai no Plano Piloto. Entre as quadras comerciais que vão da 306 Norte até a 316, margeando a W3 Norte, há um “polígono” do crack. “Vapor”, é assim que são chamados os “vendedores de pedra” nas quadras comerciais. Os “pizzaiolos”, geralmente menores de idade, fazem as entregas. E o “patrão”, este é bem vestido, e nem chega perto da boca. Na Asa Norte, a área conhecida como cerradão, próximo à 710 Norte, para entrar tem que ter o “contato”. Primeiro o assobio, que é o sinal para o “vapor” aparecer e entregar a droga.


O tráfico do crack “bomba” entre 21h30 e 6h na região. A droga provoca desconforto nos olhos se consumida durante o dia, em local aberto. Por isso, os viciados acabam virando “zumbis” ou “vampiros”. Trocam o dia pela noite. Vão e voltam às bocas de fumo várias vezes durante a noite para acalmar a fissura. Os “playboyzinhos” não entram. Precisam dos “contatos”. Estes são viciados que têm mais proximidade com o “vapor”. Têm a senha para entrar em redutos. Trocam o acesso por parte da droga comprada e entregue. Os contatos são feitos em festas, as mesmas embaladas por ecstasy.



Tráfico

O lucro é fácil, porque quem experimenta o crack logo volta, tamanha rapidez com que o vício se instala. Como eles dizem: “Na primeira já pega”. “É muito preocupante a situação. E agora estamos nos deparando constantemente com dependentes de crack na classe média. Com merla, eu não via isso”, aponta o delegado João Emílio, chefe da Coordenação de Repressão a Drogas (Cord).


A primeira apreensão de crack no DF foi feita no primeiro semestre de 2007. A droga vem do Entorno, onde os laboratórios de merla estão sendo substituídos pelos de crack. A Vila Planalto e Ceilândia concentram distribuição. As mulheres se prostituem para conseguir uma pedra. E os homens partem para a violência, como assaltos. "A demanda de consumo por droga é muito grande. A gente tira de circulação um traficante e no dia seguinte já têm 10 para substituí-lo no mesmo ponto”, diz o delegado. “Já teve mãe me ligando pedindo ajuda porque traficante de baixo do bloco na Asa Sul estava cobrando dívida dos dois filhos”, conta o delegado.


s ações policiais se intensificam para reduzir o tráfico do crack no DF, mas segundo o delegado também é preciso impedir o surgimento de novos usuários. “Cuidem de seus filhos. Pode ser na melhor escola, na melhor boate, no melhor shopping, a droga pode estar lá”, alerta os pais. Fonte: Uai

Bom para roubar, doente para pagar




Se o assunto sair do foco da mídia com o passar do tempo, é muito provável que o governador do DF, José Roberto Arruda, acabe escapando mais uma vez. Não conseguindo a liberdade através da Justiça, a estratégia agora é reclamar de problemas de saúde. Queixa-se de dores e inchaços nos pés e tornozelos. Um deputado ligado a ele diz que Arruda tem problemas de diabetes, enfim o homem não tinha nada na hora de embolsar a propina, agora tem todos os males do mundo.

Por isso, Arruda foi levado nesta segunda-feira a um hospital de Brasília para uma série de exames. Segundo a assessoria da Polícia Federal, os exames mostraram que não há nada "fora da normalidade" com a saúde do governador afastado.

Já o hospital JK, em nota oficial, informou que "por questões éticas o Hospital tem a obrigação de resguardar as informações relativas ao paciente".

Acesso a internet banda larga do Brasil é menor que a Argentina, Uruguai, Chile e até Trinidad e Tobago


Parece mentira mas um estudo divulgado pela União Internacional de Telecomunicações no final de fevereiro revela que o Brasil tem apenas um terço de sua população com acesso à internet e um índice de penetração de banda larga menor que o de países como Argentina, Uruguai, Chile e até Trinidad e Tobago. Segundo especialistas, com isso, o Brasil corre o risco de ver seu crescimento econômico comprometido.
 
Os economistas acreditam que entre os motivos que levam o Brasil a registrar esse atraso estão problemas institucionais, de infraestrutura e as dimensões territoriais do país, que dificultam a instalação de uma grande rede de banda larga, por exemplo. Além disso, eles apontam os altos custos de conexão, um dos mais caros do planeta, como um dos principais problemas para que a maioria dos brasileiros tenha acesso à internet.
 
De acordo com dados do IBGE, mais de 65% dos brasileiros com mais de dez anos de idade não acessam a rede mundial. A grande grande maioria não o faz por não saber como ou por não ter acesso a computadores.
 
Com o objetivo de corrigir este déficit, o governo chegou a anunciar um Plano Nacional de Banda Larga, que pretende elevar a penetração das conexões rápidas no país para 45% até 2014. A implementação do programa, no entanto, deve ficar para o próximo governo. Fonte: Leila Cordeiro

A maior locadora do mundo está quase falida


A rede de locação de filmes mais famosa do mundo, a Blockbuster , está enfrentando sérios problemas com uma dívida de US $ 1 bilhão e está quase decretando falência. Para tentar reverter esse quadro ela lançou um sistema de filmes "on demand" via telefonia móvel, ou seja, se a pessoa tem um telefone chamado "inteligente" que permite acessar a Internet com facilidade poderá acionar o novo serviço.
 
Segundo analistas econômicos, a Blockbuster começou a ter prejuízo depois da entrada da Netflix no mercado que permite ao usuário receber filmes pelo correio. Para tentar conter o crescimento dela, a Blockbuster bem que tentou também o mesmo processo de envio de filmes, mas não conseguiu o resultado esperado.
 
Agora com o projeto "on demand"via celular, a locadora espera alcançar valores que permitam tira-la do buraco financeiro, mas os analistas afirmam que só isso não será suficiente. A Blockbuster vai precisar também fechar mais lojas que são deficientes. Até o final do ano, a previsão da empresa é continuar com cerca de 3.000 lojas nos Estados Unidos, contra 4.500 no início de 2009.

Amante é condenada a pagar caro pela traição


Por essa uma amante de um homem na Carolina do Norte não esperava e nem poderia imaginar! Olha só que história! Com base numa lei do final do século 19, já abolida em vários Estados americanos, a Justiça da Carolina do Norte condenou Anne Lundquist, de 49 anos,reitora de uma faculdade em Nova York, a indenizar em US$ 9 milhões ou R$ 16 milhões, Cynthia Shackelford, de 60, por adultério e danos morais.
 
 
Cynthia se separou de Allan Shackelford, de 62 anos, em abril de 2005, quando ele já mantinha um relacionamento extra-conjugal com Lundquist, de 49. Depois do divórcio Cynthia conta que teve de ir morar com amigos por não ter como manter o apartamento. Ela disse ainda que abandonou sua carreira como professora para cuidar dos dois filhos do casal, enquanto seu marido se dedicava à carreira de advogado e curtia uma boa vida com a nova mulher.
 
 
Quando soube o que teria de pagar por ter ficado com o marido alheio, evidentemente que a amante pulou feito pipoca e disse que vai recorrer da decisão da justiça pois nem de longe tem esse montante de dinheiro. Mas o advogado de Cynthia diz que não vai desisitir . Ele acha que eles podem até não conseguir todos os US$ 9 milhões, mas está com esperança de que poderão coletar uma boa grana. Segundo ele, essa medida é para que as pessoas respeitem a santidade do casamento, prevenindo outras pessoas, que caso queiram ir atrás de gente casada , terão que pagar alto por isso.
 
Já pensou se essa moda pegasse? A mulher de Tiger Woods ficaria trilionária, não é mesmo?  Autora: Leila

O celular mais caro do mundo!


Tem gente que adora um modelo novo de celular, não é mesmo? Chega a acompanhar o noticiário especializado para estar por dentro de todas as tendências nesse segmento. Mas nem sempre dá para acompanhar a moda e os lançamentos. Este é o caso do Blackberry “mais caro do mundo” - feito em ouro 18 quilates e incrustado com 4.459 diamantes. Não é qualquer um que pode compra-lo já que a peça, criada pelo designer Alexander Amosu, custa a bagatela de 125 mil libras (R$356 mil). Quem comprou o celular de ouro foi um homem do oriente médio que por razões óbvias não quis ser identificado.
 
 
O celular levou 350 horas para ser fabricado, é personalizado com o nome do cliente e conta ainda com serviço de apoio 24 horas.
 
 
Tem gente que dá uma sorte danada na vida, né? Evidentemente que não é apenas sorte, uma boa dose de talento e jeito pra negócios também ajudam muito, mas o fato é que o designer Amosu começou sua fortuna vendendo toques de celular e ficou ainda mais conhecido no mercado de alto luxo por personalizar além de celulares, iPods e outros eletrônicos.
 
 
Tudo com ele é assim. O mais caro do mundo! E isso acaba atraindo clientes vips como o piloto Lewis Hamilton, o rapper 50 Cent, o empresário Richard Branson e as cantoras Lilly Allen e Alicia Keys.
 
 
Pra você ter uma idéia da raridade de suas peças. Em abril do ano passado, o designer vendeu um terno feito com a "lã mais cara do mundo" por 70 mil libras (equivalente a pouco mais de R$ 227 mil).


Sem dúvida, esse aí encontrou o caminho das pedras...  Fonte: Leila


 Compare outros modelos aqui

Gênio russo recusa prêmio milionário

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Dizem que todo gênio é excêntrico e age de maneira diferente dos outros "mortais" e que nessa regra não há exceção. Não gosto muito de generalizar as coisas e afirmar que é assim desse jeito e pronto, mas no caso do matemático russo Grigory Perelman, devo concordar que sua genialidade pode ter influenciado em seu comportamento bizarro. Senão vejamos.


Semana passada o russo recusou um prêmio de US$ 1 milhão oferecido pelo Instituto Clay de Matemática de Massachusetts, pela solução da "conjectura de Poincaré", um dos mais complexos problemas matemáticos de todos os tempos, informou o jornal Pravda.


Segundo ainda o jornal russo, Perelman largou a matemática em 2006 depois que resolveu o problema e vive num pequeno apartamento com sua mãe, em São Petersburgo. Segundo vizinhos, o apartamento seria infestado de baratas. O partido comunista russo e uma entidade beneficente que cuida de crianças em São Petersburgo fizeram um apelo a Perelman, já que ele não quer aceitar o dinheiro para si, que o aceite em nome dos necessitados e o entregue a eles.


Bem, excentricidades à parte, o homem é fera mesmo, heim? Veja só o que diz a Wikipedia, em relação ao tal problema matemático que Perelman resolveu com a maior facilidade: "a conjectura afirma que qualquer variedade tridimensional fechada e com grupo fundamental trivial é homeomorfa a uma esfera tridimensional. Ou seja, num espaço com três dimensões fechado, sem 'buracos' deve ter a forma de uma esfera".

Entendeu?????

Uma revista para ler no cemitério.

Está sendo lançada no Rio Grande do Sul uma revista voltada para os freqüentadores de cemitérios e crematórios. 

Tem uma “linha editorial leve e específica, abordando assuntos relacionados ao sepultamento e a cremação”. Chama-se In Memoriam e está sendo editada pela Cortel, empresa que administra seis cemitérios, três crematórios e uma funerária no estado.  fonte: Radar

Antes terra morta, agora mata atlântica


Quase 500 hectares de mata já foram recuperados na fazenda Bulcão


Fotógrafo Sebastião Salgado comemora, ao lado da esposa Lélia Wanick, o sucesso do projeto ambiental desenvolvido em sua propriedade no leste de Minas. No local, 1,5 milhão de mudas já foram plantadas

 
Transformar área de pastagem em floresta. Foi com essa ideia, que a princípio soou como absurda, que tudo começou. Acostumados a percorrer o mundo em função do trabalho com a fotografia, Sebastião Salgado e a mulher, Lélia Deluiz Wanick, viram de perto a ação do homem sob a natureza. “O ser humano é a única espécie que destrói a casa de outras milhares”, observa Sal­gado. Incomodados com o tamanho do estrago, decidiram fazer sua parte. “Nem que fosse uma gota no oceano, queríamos dar nossa contribuição ao mundo”, pontua Lélia. E assim foi criado o Instituto Terra, uma organização não governamental, que trabalha com a recuperação da mata atlântica e a educação ambiental na região de Aimorés, cidade natal do renomado fotógrafo mineiro.

 Cidade de Aimorés

Passados 10 anos, a semente bro­tou. Quase 500 hectares de ma­ta já foram recuperados na região do Vale do Rio Doce. Mais de um milhão e meio de árvores foram plantadas. O pasto deu espaço a uma floresta. No lugar do gado, mudas de plantas. No início deste mês, o casal esteve no Instituto Terra para mais um desafio: implementar a educação ambiental nas escolas públicas do município e região. A revista Viver Brasil esteve lá para conferir o lançamento do projeto e conversou com os fundadores do Instituto Terra.

 Hidroelétrica no Rio Doce - Aimorés - MG

A sede funciona na fazenda Bulcão, antiga propriedade rural da família Salgado. Junto com os outros produtores rurais, o pai de Sebastião foi um dos responsáveis pela destruição do ecossistema da região do vale.  “Naquela época, não se via utilidade para floresta. O comum era cortar ou queimar as árvores para fazer pasto”, diz o fotógrafo. A atividade extrativista também devastou grande parte da floresta. Há 50 anos, havia 5 madeireiras em Aimorés. Hoje não sobrou nenhuma. Da mata atlântica existente naquele período, restou pouca coisa.

Confira o vídeo desta matéria.

No viveiro do Instituto Terra, o casal observa manejo das mudas
No viveiro do Instituto Terra, o casal observa manejo das mudas
“Um dia estava no IEF e meu te­lefone tocou. Era o Sebastião dizendo que queria minha ajuda para recuperar uma área devastada. Na época eu nem sabia quem era o famoso fotógrafo Sebastião Salga­do”, recorda-se o professor Célio Valle, diretor de biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas. O ambientalista sobrevoou a região com o casal. Sugeriu que transformassem o local em uma Reserva Particular do Patri­mô­nio Natural. Os dois encararam o desafio. Fizeram então a primeira RPPN em cima de uma área degradada.


O início não foi nada fácil. “Não tínhamos conhecimento técnico. Apanhamos e aprendemos na marra”, recorda-se Lélia. Na primeira plantação, houve perda de 60% das mudas. Foi preciso experimentar até acertar. Hoje Lélia se emociona ao ver as antigas mudas transformadas em árvores. “Esta­mos satisfeitos com os resultados alcançados, mas ainda há muito o que fazer. O trabalho aqui vai ser eterno”, avalia Lélia.


O programa, que teve parceria de grandes empresas como a Na­tura e a Vale, lançado no início deste mês, é prova dessa continuidade. O objetivo é preparar todos os professores do ensino básico, para transmitir a educação ambiental às crianças. “Nossa vontade é nos pró­ximos 25 anos atingir toda a ba­cia do Rio Doce, composta de 250 municípios, levando a uma transformação total de comportamento ambiental para as gerações futuras”, idealiza Salgado. 


Em relação à conscientização e educação ambiental do Brasil, o casal, que mora em Paris, acredita que as coisas estão melhorando por aqui.  “Vejo que existe uma preocupação dos brasileiros com o futuro. As pessoas começam a se questionar se vamos ter água, eletricidade suficiente no país. Espero que essa preocupação se transforme em pressão sobre o se­tor público e em ações coletivas e individuais também”, opina Salgado. “En­quan­to não tivermos um cotidiano consciente, as coisas dificilmente mudarão. Mas na Europa também não está muito diferente. A consciência ambiental precisa evoluir muito em todo o mundo”, completa Lélia.
A preocupação ambiental e o trabalho desenvolvido no Instituto Terra foram a inspiração para o mais novo projeto de Sebastião Salgado, o Gênesis. Diferen­te­men­te da maioria dos trabalhos do fotógrafo, que evidenciam dramas e tragédias humanas, dessa vez é a natureza que está sendo clicada. Ele e a esposa Lélia estão percorrendo o planeta em busca de áreas ainda intocadas pelo homem. “Em outros momentos, temas como a exploração do trabalho, a fome e a miséria me sensibilizaram. Neste momento, minha maior preocupação é com o mundo em que vivemos”, enfatiza Salgado.
Diversas espécies da mata atlântica são cultivadas no Instituto Terra
Diversas espécies da mata atlântica são cultivadas no Instituto Terra

 

Instituto Terra

- É uma organização não governamental fundada por Sebastião Salgado e Deluiz Wanick. Atualmente, ela é a presidente e ele o vice
- O projeto prevê a recuperação da mata atlântica de toda a área da antiga fazenda Bulcão, 700 hectares, além da educação ambiental para as crianças da região do Vale do Rio Doce, em Minas
- Já foram recuperados cerca de 450 hectares com a plantação de mais de 1,5 milhão de espécies. Quase 30 nascentes também já foram recuperadas . A intenção é chegar a 100
- 77 escolas da região já tiveram a educação ambiental incluída na grade
- Grandes instituições e empresas como a Vale, a Natura, Emater, Sebrae, o IEF, a Semad, os governos de Minas e do Espírito Santo, assim como doadores internacionais são parceiros do projeto
- O Instituto Terra está aberto para a visitação pública
Fonte: www.institutoterra.org
Crianças recebem lições de educação ambiental
Crianças recebem lições de educação ambiental

Projeto Terrinhas

- Criado em 2005, o programa forma monitores ambientais mirins. A primeira turma formada (350 alunos) hoje constitui um grupo de meninos e meninas, com idades entre 8 e 14 anos, preparados para agir em defesa do meio ambiente e da mata atlântica
- Os alunos escolhidos para se tornarem os monitores ambientais mirins são denominados de Terrinhas e recebem informação para atuar nos projetos pedagógicos de educação ambiental desenvolvidos nas escolas
- O projeto já atingiu mais de 3,2 mil alunos da rede de ensino pública e particular de Aimorés, somando mais de 12,8 mil pessoas da comunidade local como beneficiários indiretos. O Projeto Terrinhas já foi selecionado por duas vezes pela Unesco como modelo de educação ambiental. Fonte: Viver

Caso Glauco: As controvérsias do chá alucinógeno da seita Santo Daime

A Revista Veja trouxe em sua matéria de capa o controvertido assunto do Santo Daime, muito em voga depois que dos membros da seita  assassinou o cartunista Glauco. Você pode ler aqui no Tratado Geral na íntegra, ou no site da revista.


Alucinação assassina

Tomar o chá alucinógeno da seita Santo Daime quando se tem um transtorno psíquico, afirmam especialistas, é o mesmo que jogar gasolina sobre um incêndio. Tudo indica que foi o caso de Cadu, o assassino do cartunista Glauco e de seu filho Raoni


Kalleo Coura e Renata Betti
Montagem com fotos de Christian Rizzi/AGP/Folhapress e Marcos Mendes
LOUCURA E MORTE
Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, assassino confesso do cartunista Glauco e de seu filho Raoni: alucinações levaram ao crime


No universo das tragédias, há as do tipo previsível e as que fulminam suas vítimas com a imprevisibilidade de um raio. O assassinato do cartunista Glauco Vilas Boas, de 53 anos, e de seu filho Raoni Ornellas Vilas Boas, de 25 anos, cometido por Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, certamente não pertence à primeira categoria. Cadu, como é conhecido o criminoso confesso, nasceu em uma família de classe média alta de São Paulo e estudou nas melhores escolas da capital paulista. Morava em bairro nobre, frequentava os bares da moda, ia a baladas de black music e, segundo a família, nunca havia demonstrado comportamento violento. Os avós, com quem ele morava, sabiam que o neto usava maconha ("Como fazem hoje em dia 90% dos jovens", disse Carlos Nunes Filho, o avô) e, embora lamentassem o fato de ele ter começado três faculdades sem terminar nenhuma (direito, artes visuais e gastronomia), não viam nisso mais do que uma indecisão em relação ao seu futuro profissional. Glauco e o filho Raoni tampouco tinham perfil ou comportamento que poderia ser classificado como "de risco" – nada que contribuísse para fazer deles vítimas potenciais de um assassinato. Nenhum dos dois tinha inimigos e ambos mantinham como ideário de vida a assistência ao próximo: drogados em busca de recuperação, no caso de Glauco, e comunidades indígenas isoladas, no caso de Raoni. Ainda assim, não se pode dizer que a tragédia ocorrida em Osasco no último dia 12 não deu pistas de que vinha se aproximando.

Nos últimos três anos, Cadu, de 24 anos, vinha exibindo claros sinais de que estava sofrendo de distúrbios psíquicos. Esse período, segundo seu pai, Carlos Grecchi, coincide com o tempo que o filho começou a frequentar o Céu de Maria, igreja fundada por Glauco e pertencente à seita Santo Daime, que mistura elementos do cristianismo, espiritismo e umbanda e prega o consumo de um chá com efeitos alucinógenos como forma de "atingir o autoconhecimento e a consciência cósmica". O comportamento de Cadu, diz Grecchi, começou a se transformar quando ele passou a fazer uso da dimetiltriptamina (DMT), o princípio ativo presente na beberagem consumida por adeptos da seita. Por diversas vezes, tanto Grecchi como os avós de Cadu ouviram o jovem dizer que era a reencarnação de Jesus Cristo. Também por diversas vezes os parentes flagraram o jovem rezando, numa ocasião debaixo de chuva forte, para plantas que ele dizia serem reencarnações de entidades religiosas.
Gabriel Boieras
CULTO E "MIRAÇÃO"
A comunidade Céu do Mapiá, no Acre, abriga a sede da seita (à dir.). Ao lado, culto no Céu de Maria.
Quem vai tem de beber o chá

Às tentativas de levá-lo a um psiquiatra ou a uma clínica de internação, Cadu reagia com determinação e pavor. Dizia que não queria ficar como sua mãe, portadora de esquizofrenia. A esquizofrenia faz com que suas vítimas sejam acometidas por delírios e alucinações, em surtos que duram, no mínimo, um mês. Vozes e seres imaginários solapam a percepção da realidade. Falsas ideias de perseguição e possessão tornam a vida um pesadelo contínuo. A esses surtos se intercalam períodos de uma apatia profunda, marcados por lentidão de raciocínio e desordem de pensamento. O risco de desenvolver essa psicose sobe de 1% para 13% no caso de pessoas cujo pai ou mãe sofre do transtorno. Na família de Cadu, além da mãe, também uma tia-avó foi diagnosticada com esquizofrenia. Seu pai diz estar convencido de que o filho herdou a doença (veja entrevista abaixo). E começa aqui a parte em que a tragédia do Céu de Maria atravessa o campo do imponderável para adentrar o espaço aterrador das desgraças que talvez pudessem ter sido evitadas.
Grande parte dos portadores de esquizofrenia consegue levar uma vida razoavelmente normal desde que sob tratamento – que, além de medicação, inclui manter distância de certas substâncias. Como chás alucinógenos, por exemplo. A DMT aumenta a concentração no cérebro de três neurotransmissores: a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. Como os portadores de esquizofrenia têm um aumento na atividade da dopamina, a sobrecarga dessa substância pode fazer com que eles percam a noção de realidade e tenham alucinações – estado que pode continuar mesmo depois que o efeito da droga termina. Em outras palavras, permitir que portadores de psicoses como a esquizofrenia bebam o chá da seita Santo Daime equivale a jogar gasolina sobre uma casa em chamas. Tudo indica que foi exatamente o que os seguidores da seita fizeram durante os três anos em que Cadu frequentou o local.
Ninguém duvida de que a igreja fundada por Glauco reúna homens e mulheres de boa vontade, ótimas intenções e um propósito louvável: o de ajudar a livrar os jovens das drogas, coisa que o próprio Glauco havia conseguido fazer consigo mesmo, segundo afirmava, graças ao Santo Daime. Se, no entanto, o que diz Grecchi, o pai de Cadu, não estiver distorcido pela dor e pelas circunstâncias, Glauco foi, sim, solicitado a não mais ministrar o alucinógeno a Cadu ainda em 2007. Por descuido ou desconhecimento acerca do estado de saúde do rapaz, ele não atendeu ao pedido. Em depoimento à polícia, Cadu afirmou que bebeu o chá todas as vezes em que foi ao Céu de Maria.

A DMT é proibida em quase todo o mundo. Ao lado do LSD e da mescalina, ela aparece na lista de drogas controladas na Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas da Organização das Nações Unidas. Essa lista é seguida por 183 países, o Brasil incluído. A convenção, entretanto, não proibiu plantas ricas na substância, como a erva-rainha ou chacrona, que dá origem à beberagem do Daime. Isso permite a interpretação de que apenas a substância é proibida e a planta, que tem pequena concentração dela, não. No Brasil, em 1992, graças a uma campanha liderada por "ayahuasqueiros", o Conselho Federal de Entorpecentes liberou o consumo do chá daimista "para fins religiosos". Foi o primeiro de uma sucessão de erros que culminou com a consagração do chá como "bebida sagrada", título concedido à substância alucinógena pelo estado brasileiro em janeiro passado. O advogado criminalista Fernando Fragoso considera a interpretação casuística. "Uma droga não deixa de ser droga se for consumida no meio de um ritual. A substância é lícita ou não é", diz. A Associação Brasileira de Psiquiatria também já se manifestou contra a liberação do chá, sob o argumento de que não existem estudos suficientes para descrever em profundidade a ação no cérebro da DMT presente na beberagem.
De acordo com a família de Cadu, a última vez que ele ingeriu o chá foi por ocasião do Ano-Novo. Nesse período, conforme afirmou à polícia, Cadu já estava traficando maconha com o propósito de juntar dinheiro e comprar, por 1 900 reais, a arma com que matou suas vítimas. O propósito seria obrigar o cartunista e líder religioso a dizer a sua família que seu irmão mais novo, Carlos Augusto, seria a reencarnação de Jesus Cristo. A mãe de Cadu, Valéria Sundfeld Nunes, mora sozinha no bairro do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, mas é assistida de perto pelos pais, que a visitam duas vezes por dia. Ela trabalha em uma ótica, mas está há três meses afastada, segundo o patrão, por problemas de saúde. O avô de Cadu conta que ela reagiu à notícia da prisão do filho com apatia: "Parecia que haviam dito que ele tinha ido ao supermercado".
Marlene Bergamo/Folha Imagem
MEDO
A viúva de Glauco, Beatriz Galvão (de camiseta clara), com a filha, Juliana; ao lado, Ipojucã, filho do cartunista, e a namorada de Raoni, Gersila: a família não quis voltar para casa e foi abrigada por amigos

Cadu foi preso na noite de domingo em Foz do Iguaçu (PR), depois de tentar atravessar a fronteira para o Paraguai, na Ponte da Amizade. Num Fiesta preto que havia roubado em São Paulo, disparou cerca de quinze tiros pelo para-brisa do carro em movimento contra os policiais federais que quiseram impedi-lo. Feriu um deles no braço e só parou do lado paraguaio da ponte ao ver que sua passagem estava trancada por outra barreira montada pelo país vizinho. Nesse momento, sem que ninguém lhe perguntasse, saiu do carro com os olhos esbugalhados, bradando: "Sou o Cadu. Fui eu que matei o Glauco". Apesar da confissão, o crime ainda guarda pontos obscuros. O primeiro diz respeito ao papel de Felipe Iasi, o amigo que teria sido coagido a levar Cadu ao Céu de Maria na noite do assassinato. Por meio do rastreador instalado no carro do rapaz pela companhia de seguros, a polícia reconstituiu o trajeto que Iasi percorreu depois de deixar a casa de Glauco. A análise inicial mostrou que o itinerário de Iasi coincide, ao menos nos primeiros 8 quilômetros, com aquele percorrido por Cadu e revelado por meio do sinal do seu celular. Isso indicaria a possibilidade de Iasi ter dado cobertura ao amigo na fuga. Há ainda a possibilidade de Cadu ter omitido outra informação: em depoimento, ele diz que roubou o Fiesta no domingo de manhã e seguiu viagem. O rastreamento do veículo indica, porém, que, às 13 horas do domingo, o carro encontrava-se no Parque do Ibirapuera. A polícia vai investigar o que Cadu pode ter ido fazer lá. Por fim, há que esclarecer por que motivos o advogado e amigo da família de Glauco, Ricardo Handro, mentiu a respeito das circunstâncias em que se deu o crime. Ele chegou a dar detalhes à imprensa do que teria sido uma tentativa de sequestro seguida de homicídio. Sua versão só mudou quando se tornou insustentável diante dos fatos revelados pela polícia – entre eles o de que o assassino era conhecido das vítimas e frequentador da igreja Céu de Maria. Ele se defende dizendo que não havia falado com a mulher de Glauco quando divulgou sua falsa versão. A polícia considera o argumento pouco plausível.
Fred Chalub/Folha Imagem
MAIS SUSPEITO
Nova perícia policial sugere que o estudante Felipe Iasi deu cobertura à fuga de Cadu

As origens da seita Santo Daime estão ligadas à descoberta, pelos seringueiros do Acre, da ayahuasca, como os índios que viviam na Floresta Amazônica no século XIX chamavam o chá. Um dos primeiros a consumir a bebida, o seringueiro Raimundo Irineu Serra teria tido uma visão de Nossa Senhora, na qual ela ordenava que ele passasse a chamar o chá de santo-daime (a palavra viria da exortação "dai-me luz") e criasse uma doutrina em torno dele. O ritual criado por Irineu e replicado em todo o país se desenrola da seguinte forma: o interessado em provar da ayahuasca passa por uma breve entrevista para que os "fardados", os daimistas graduados, questionem suas motivações. Apenas em algumas igrejas se pergunta ao interessado se ele tem problemas psíquicos. Uma vez aceito, o calouro daimista pode participar do culto. Os participantes se sentam formando um círculo, os homens separados das mulheres. Cantam hinos de letra singela e repetitiva, que misturam referências cristãs e espíritas. Depois de algumas músicas, chega o momento do primeiro chá. As pessoas se organizam em fila e tomam meio copo do alucinógeno. Em geral, isso se repete quatro vezes. O culto pode durar até doze horas. Só recebem autorização para uma saída rápida do salão os que precisam vomitar, ocorrência que costuma afetar os daimistas de primeira viagem. Hoje, a seita tem mais de 100 igrejas em todo o país. Só a Céu de Maria tem 11 000 adeptos que tomam regularmente a DMT.

Na semana passada, uma entidade da Bahia chamada Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal pedindo a liberação da maconha "para uso terapêutico e religioso". Caso a petição seja aceita, são grandes as chances de outras drogas entrarem para o rol de "sagradas". Tolerância em excesso, combinada com negligência na mesma medida e uma boa dose de vulnerabilidade, física ou emocional das partes envolvidas: eis uma boa receita para construir uma tragédia.
Claudio Rossi



"Ele só falava da igreja"

Alexandre Schneider
FOI O DAIME
Carlos Grecchi, o pai do jovem que matou Glauco: "O chá foi o fator desencadeante"
O comerciante Carlos Grecchi, pai de Carlos Eduardo, o assassino confesso de Glauco e Raoni, atribui o agravamento do estado psíquico de seu filho ao consumo do santo-daime. Na última quinta-feira, Grecchi, que vive em Goiás, falou a um grupo de jornalistas no escritório de seu advogado, em São Paulo.

DAIME E ESQUIZOFRENIA
"Para mim, o chá que Carlos Eduardo tomava no Céu de Maria foi o fator desencadeante de um surto psicótico – que, rezo a Deus, não se transformará numa esquizofrenia profunda. Eu sei como é um surto psicótico, porque convivi com a mãe dele, que tem esquizofrenia. O exame toxicológico feito nele deu positivo para maconha. Vocês acham que alguém que fuma maconha teria ficado daquele jeito? Agora, na Polícia Federal, ele não está usando drogas e continua alterado. Que droga teria um efeito tão prolongado?"

A FAMÍLIA "ACHOU LEGAL"
"Quando meu filho contou que estava frequentando a igreja, a família até achou legal. Mas, pouco tempo depois, ele começou a querer doutrinar os amigos. Só falava da igreja, chegou a ponto de rezar para as plantas, falando que elas eram encarnação de Jesus... Eu falei que ia ter de interná-lo. Ele se ajoelhou e pediu pelo amor de Deus para não interná-lo, porque não queria ficar igual à mãe"

ELE TAMBÉM EXPERIMENTOU
"No ano em que ele passou a frequentar a igreja, eu fui até lá e tomei o chá para saber o que meu filho estava tomando. É claramente alucinógeno. Você fica viajando, fora da realidade"

UM PEDIDO À IGREJA
"Tentei convencê-lo a não ir mais ao Céu de Maria. Em 2007, fui até lá pedir pessoalmente para que não o deixassem mais tomar o chá. O Glauco disse que não podia fechar as portas para ninguém. Minha mãe, que tem 80 anos, também foi reclamar, mas ofereceram o chá para ela"

O ÚLTIMO CHÁ
"No réveillon, meu filho foi até o Céu de Maria. Ele me ligou quando tentava voltar para casa, dizendo que estava morrendo. Eu o encontrei num estado lamentável, dentro do carro, em um barranco. Ele estava tremendo, suado, e havia urinado e defecado nas calças. Segurava o celular. Eu tinha ligado umas vinte vezes, e ele não conseguia atender. Levei-o para casa, e ele disse que havia exagerado um pouco no tal do chá"

Médico late durante atendimento a paciente em posto em SP

Um médico da Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) é acusado de "latir" durante o atendimento a uma paciente psiquiátrica e sua mãe. O caso, que foi denunciado à polícia pela dona de casa Eunice Nunes, 47, teria ocorrido na tarde de quarta-feira (17) na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) do bairro Quintino Facci 2, na zona norte da cidade.


Eunice afirma que aguardava uma vaga de internação para a filha Fabiana Aparecida da Silva, 27, desde as 7h. Por volta das 16h, ainda sem conseguir a vaga, tentou colocar a filha, que estava agressiva e agitada, em uma maca. Foi quando o médico, que estava iniciando seu plantão, expulsou as duas do posto, segundo o relato da mãe.


"Ele falou assim: "estão expulsas mãe e filha daqui agora!" E, daí, ele latiu na minha cara: "au au au au". Eu falei que não ia sair e iria chamar a polícia. Ele disse para eu chamar quem eu quisesse", disse Eunice.


A Folha não conseguiu ouvir o médico ontem (18). Ele é clínico geral plantonista na UBDS da zona norte às segundas e quartas. Às sextas, atua no Hospital Santa Tereza, que atende pacientes psiquiátricos.


Na terça-feira, uma discussão entre médico e paciente em outra UBDS também envolveu a Polícia Militar e provocou a paralisação do atendimento por quase duas horas.


O chefe da Divisão Médica da Secretaria da Saúde de Ribeirão, André Luiz Henriques, disse que o caso do Quintino começou a ser apurado ontem, mas faltava a versão do médico.

"Ela [Silva] foi atendida e medicada. Mas o caso dela não era de internação", disse. Henriques deve falar sobre o caso hoje, após ouvir o médico.


Ontem, a dona de casa voltou à UBDS e, segundo o Estado, a filha obteve internação à noite. Entre 25 de fevereiro e 13 de março, a jovem ficou no Santa Tereza. A alta foi dada, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, porque ela estava "assintomática". Fabiana tem diagnóstico de psicose e histeria.


Segundo o diretor do Departamento de Saúde Mental da prefeitura, Alexandre Firmo da Cruz, 12 pessoas, excluindo Silva, estavam ontem em UBDSs aguardando vaga de internação. Ele atribui a culpa pelo problema à política nacional de saúde que força a desinternação de pacientes psiquiátricos. Fonte: Folha Online

STF obriga Estado a custear remédios caros


Em decisão unânime, o STF reconheceu o direito dos brasileiros de recorrer ao Judiciário para obter remédios e tratamentos sonegados pelo SUS.

Mais: deliberou-se que é obrigação do Estado custear remédios e tratamentos de alto custo a portadores de doenças graves.

O tribunal manteve de pé nove liminares concedidas a pacientes. A União e os Estados afetados pediam que fossem revogadas.

O relator do processo foi Gilmar Mendes. O voto dele foi acompanhado por todos os demais ministros.

Ficou assentado que, excetuando-se os tratamentos experimentais, cuja eficácia ainda não tenha sido atestada, o Estado é obrigado a atender às demandas da clientela.

Eis o que anotou Gilmar Mendes“O direito à saúde representa um pressuposto de quase todos os demais direitos...”

“...É essencial que se preserve esse estado de bem-estar físico e psíquico em favor da população, que é titular desse direito público subjetivo de estatura constitucional”.

Um dos casos analisados envolve uma paciente de 21 anos. Mora em Fortaleza (CE). É portadora de patologia rara: Niemann-Pick Tipo C.

Os médicos receitaram uma droga chamada Zavesca. O SUS negou-se a fornecer. E a família da moça pediu socorro ao Judiciário.

Alegou que não tinha condições de bancar o tratamento, estimado em R$ 52 mil por mês. Obrigado a fornecer o remédio, o governo recorreu.

Argumentou que a eficácia do Zavesca era coisa ainda pendente de aferição científica. De resto, a droga não dispunha de registro na Anvisa.

Gilmar Mendes disse que, de fato, na época em que a ação começara a tramitar, o Zavesca não possuía registro. O ministro fez, porém, uma visita ao sítio da Anvisa na Web.

Constatou que, hoje, o medicamento já consta da lista de drogas registradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Porém, embora comercializado legalmente no Brasil, o Zavesca não foi incluído nos protocolos e diretrizes terapêuticas do SUS.

O ministro anotou: “Há necessidade de revisão periódica dos protocolos existentes e de elaboração de novos protocolos...”

“...Não se pode afirmar que os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas dos SUS são inquestionáveis, o que permite sua contestação judicial”.

Afora as informações disponíveis no processo, Gilmar serviu-se de dados recolhidos em audiência pública promovida pelo STF em abril do ano passado.

Fora a debate a crescente “judicialização” da saúde no Brasil. Um fenômeno que, segundo o governo, afeta o equilíbrio do orçamento do SUS.

Levada aos tribunais, a encrenca costuma desaguar no STF. Gilmar informou que há na presidência do Supremo “diversos pedidos” de suspensão de condenações.

Envolvem “o fornecimento de remédios, suplementos alimentares, órteses e próteses...”

Tratam da “...criação de vagas de UTIs e de leitos hospitalares, realização de cirurgias e exames, custeio de tratamento fora do domicílio e inclusive no exterior”.

Ao indeferir os nove recursos ajuizados pelo Estado, o STF sinalizou: desatendida nos guichês do SUS, a platéia deve, sim, recorrer ao Judiciário.

- Serviço: Pressionando aqui, você chega à íntegra do voto de Gilmar, acompanhado pelos demais ministros.
Escrito por Josias de Souza

Anúncio em alto-falante de supermercado pede que negros saiam de loja do Walmart nos EUA

Um anúncio feito em um supermercado da rede Walmart em Nova Jersey, nos Estados Unidos, mandando os negros deixarem a loja gerou protesto entre os clientes e pedidos de desculpas dos executivos da companhia. O incidente aconteceu na noite de domingo (14) na cidade de Washington Township.

Uma voz masculina calmamente anunciou pelo sistema de alto-falantes da loja: "Atenção, clientes do Walmart. Todas as pessoas negras saiam da loja agora".

Segundo consumidores que estavam no local naquele momento, o gerente rapidamente se dirigiu ao alto-falante e pediu desculpas pela declaração. Não ficou claro se o responsável foi um cliente ou funcionário.

Representantes do Walmart, cuja sede fica em Bentonville, no Estado de Arkansas, classificaram o anúncio como "inaceitável" e disseram que estão tentando determinar o autor da declaração e como o incidente aconteceu.

"Estamos tão chocados quanto nossos clientes", afirmou a companhia em comunicado na última quarta-feira (17). "Quem quer que tenha feito isso está errado e agiu de maneira inapropriada. Claramente, isso é completamente inaceitável para nós e nossos clientes."

"Quero saber por que tais afirmações estão sendo feitas, porque elas vão de encontro ao que ensinamos a nossas crianças sobre tolerância com todos", disse Sheila Ellington, de Monroe. Ela estava no supermercado com uma amiga e ambas disseram que pretendem boicotar a empresa.

Essa não é a primeira vez que a empresa enfrenta problemas do tipo. Já houve vários casos de clientes negros afirmando ter sido tratados de forma injusta em lojas do Walmart, e a rede de supermercados enfrentou processos na justiça alegando que mulheres foram desfavorecidas na hora de receber aumentos salariais e promoções de trabalho.

A Associação Nacional para o Avanço de Pessoas de Cor afirmou que o Walmart tem trabalhado para mostrar seus cuidados com diversidade nos últimos anos. Fonte: Folha Online

Preso em Várzea Grande (MT), um dos maiores golpistas do Brasil

A Polícia Civil prendeu na tarde desta terça-feira (16), por volta das 17 horas, o estelionatário Abrão Fernandes Ribeiro, de 27 anos, considerado um dos maiores golpistas brasileiros. Ele contabiliza em seu cartel de crimes nada mais nada menos que oito passagens pela Polícia por estelionato e uma por roubo. “O homem é tão esperto, e tão liso, que enganou até os presos dentro do presídio. Por isso está jurado de morte”, disse um policial na tarde desta quarta-feira.


Abrão Fernandes, o homem que conseguiu fazer uma armação, quando foram presos seis investigadores da Polícia Civil no ano passado, foi preso dentro de um Corsa preto quando transitava pela Rodovia do Imigrantes, próximo ao trevo de acesso ao bairro Capão Grande, em Várzea Grande (Grande Cuiabá).
Em companhia de mais três homens, todos liberados  logo em seguida, Abrão Fernandes portava uma talonário com 15 folhas, todas clonadas em nome de outra pessoa.


 Preso, o golpista confessou o crime e foi autuado em crime de estelionato no plantão do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc-Oeste) do bairro Verdão, em Cuiabá.  “Eu comprei os cheques”, confessou o acusado, segundo a Polícia.


Ao ser transferido do Cisc Verdão para a Cadeia Pública de Cuiabá (Centro de Ressocialização do Carumbé), Abrão Fernandes foi rejeitado, pois os presos do carumbé ameaçaram cumprir uma promessa de ameaça de morte, caso ele voltasse outra vez.


“Os presos do Carumbé ameaçaram executá-lo, caso ele ficasse lá. Por isso nós tivemos que transferi-lo, ainda ontem, para a Penitenciária Central de Cuiabá (antigo Pascoal Ramos) com urgência”, informou num investigador da Polícia Civil.


“Esse homem é especialista em crime de estelionato, mas também já se envolveu em um crime de roubo em Porto Velho, Rondônia, onde foi preso. Em Cuiabá ele também já aprontou muito, inclusive armou para prender seis investigadores da Polícia Civil, só que farsa dele foi descoberta. Ele  também já aplicou golpes em vários presos do Carumbé,  por isso está sendo ameaçado de morte”, afirmou um policial. (JRT).

Fonte: 24 Horas News

TRE cassa mandato do governador afastado e preso José Roberto Arruda

Por 4 votos contra 3, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal cassou nesta terça-feira o mandato do governador afastado e preso José Roberto Arruda (sem partido) por desfiliação partidária. A maioria dos integrantes da Corte seguiu o voto do relator Mário Machado, e defendeu que Arruda deixou o DEM sem respaldo legal, mesmo estando ameaçado de expulsão.



O julgamento terminou empatado com três votos favoráveis a cassação e três contrários. A votação foi decidida pelo presidente em exercício, desembargador Lecir da Luz, que seguiu o voto do relator. Arruda é o primeiro governador cassado por infidelidade partidária.
Lula Marques /Folha Imagem
TRE cassou nesta terça o governador José Roberto Arruda por infidelidade partidária
 TRE cassou nesta terça o governador José Roberto Arruda por infidelidade partidária

Para o relator, Arruda se desfiliou do DEM por vontade própria e o partido tinha respaldo legal para abrir processo disciplinar diante das acusações de envolvimento no esquema de corrupção.
"Não é apenas direito acionar as condutas. É dever político com a cidadania não admitir a inércia diante de denúncia contra o seu acusado. Isso se distância radicalmente do argumento de grave discriminação", disse.


O Ministério Público Eleitoral pedia a perda do mandato de Arruda, argumentando que ele deixou o DEM sem previsão legal para evitar constrangimentos.


O desembargador Cândido Ribeiro Filho votou pelo arquivamento da ação afirmando que houve "coação" de lideranças do partido para que Arruda deixasse os quadros do DEM.


"É fato que todas as lideranças do DEM anteciparam o juízo de valor, não fizeram só ilação. Não foi ilação não. São os próprios líderes partidários que reconhecem que precisam expulsar o representado porque a imagem do partido está em jogo. E eles estão corretos. E está em jogo porque determinados princípios partidários foram descumpridos, em princípio, pelo representado [Arruda]. Houve coação. Não fica que não te queremos", disse Cândido.


No julgamento, o procurador regional eleitoral, Renato Brill de Góes Brill, disse que Arruda não foi discriminado pelo DEM e que deixou o partido por "estratégia política" e para "não passar vergonha".
"Não há de se falar em discriminação pessoal. Desde quando a formulação de uma representação, da instauração de um processo disciplinar pode ser considerada discriminação? O DEM nada mais fez do que cumprir o seu direito. Nesse sentido não se pode falar em grave discriminação porque o partido cumpriu o regimento do partido. Queria Arruda que o DEM ficasse inerte diante da gravidade dos fatos? E pediu a desfiliação por conveniência política, por estratégia política, para não passar vergonha", disse.


A advogada de Arruda, Luciana Lóssio, tentou desqualificar o pedido de cassação apresentado pelo Ministério Público Eleitoral. "O mandato não pertence ao Ministério Público, pertence ao partido. O Ministério Público tem uma legitimidade questionada pela Justiça Eleitoral como um todo", disse.
Para a advogada, não há dúvidas de que Arruda foi discriminado. "Após as denúncias, o governador se tornou uma pessoas indesejada dentro do partido. Todos tinham aversão ao governador. O DEM virou as costas e o deixou sozinho diante da crise. É importante deixar claro aqui que o governador não foi condenado, são notícias jornalísticas que nada provam. Estamos falando de um chefe do poder Executivo sob o qual recaem suspeitas", disse.


Cassação
A ação do procurador foi motivada porque o DEM não recorreu à Justiça Eleitoral. A resolução do TSE que fixou em 2007 normas para a infidelidade partidária não prevê justa causa para desfiliação partidária por questão de foro íntimo.


Segundo a resolução do TSE, se no prazo de 30 dias o partido não entrar com ação --como ocorreu no caso do DEM--, cabe ao Ministério Público fazê-lo em mais 30 dias.


A defesa de Arruda está pronta para recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), caso o TRE aprove a cassação do mandato do governador afastado. A advogada Luciana Lossio, no entanto, acredita que a ação deve ser arquivada porque será um julgamento técnico. "Ele não tinha nenhuma alternativa a não ser se desfiliar".


Processos
Arruda também é alvo de processo de impeachment na Câmara Legislativa e de dois pedidos do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que a Casa autorize que ele seja processado criminalmente. Os processos estão parados aguardando a defesa do governador. A expectativa é de que os casos sejam analisados em abril.


O governador está preso desde o dia 11 de fevereiro na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, acusado de obstruir as investigações do esquema de corrupção. Os advogados de Arruda entram hoje no STJ (Superior Tribunal de Justiça) com pedido de revogação da custódia.


Os advogados alegam que Arruda está preso por tempo excessivo, não oferece risco às investigações e está com a saúde debilitada.


Saída
Após oito anos no partido, o governador ficou isolado dentro da legenda depois das denúncias do envolvimento dele num suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina. O esquema envolveria o pagamento de uma mesada a parlamentares da base aliada, secretários de governo, assessores e empresários.


A pressão sobre Arruda ficou maior depois que vieram à tona imagens de dele recebendo dinheiro de suposta propina de Durval Barbosa, seu ex-secretário de Relações Institucionais. Fonte: Folha Online

Como nasce um imortal

 Campanha à vaga aberta na ABL com a morte de José Mindlin revela os ardis e estratégias usados por quem disputa cadeira na casa  

 Cecília Acioli/Folha Imagem



Acadêmicos e convidados participam, na tarde da última quinta-feira, do chá que antecede as sessões ordinárias da casa no palácio "Petit Trianon", no Rio

FABIO VICTOR
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Eram 14h45 da última sexta quando um carro, escoltado por seguranças, estacionou em frente ao prédio da Academia Brasileira de Letras, no centro do Rio. Dele desceu Eros Grau, ministro do Supremo Tribunal Federal e candidato à cadeira 29 da ABL, vaga desde a morte do bibliófilo José Mindlin.


Levava quatro livros numa mão e uma bengala na outra. Informada da visita horas antes por operadores de campanhas adversárias, a reportagem o aguardava e se identificou.


Deu-se o seguinte diálogo: "Boa tarde, ministro". "Mas... o que é isso? Não vim à academia, vim no outro prédio." "Eu sei que o sr. vai se encontrar com a Ana Maria Machado [secretária-geral da ABL] às 15h." "Não faz isso." "Só quero ouvi-lo sobre a sua candidatura." "Não posso falar. Candidato não fala", finalizou
Grau. E foi ao encontro de Ana Maria Machado.


A eleição é em 2 de junho, mas a campanha já está a mil. Na verdade, começou antes mesmo da morte de Mindlin. Fonte: Folha de S. Paulo

Tv por assinatura: MP ataca o golpe do dedicodificador

O MPF, Ministério Público Federal, em Joinville (SC), ajuizou ação civil pública contra três operadoras de TV por assinatura (NET, SKY e Embratel), questionando a cobrança “disfarçada” do ponto extra, que foi proibida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Se aceito pela Justiça, o pedido da Procuradoria deve valer para todo o país.


Na semana passada, uma liminar da Justiça de São Paulo proibiu a cobrança do ponto extra no Estado. Entretanto, a ação proposta pelo Procon não faz referência à cobrança do aluguel pelo decodificador de sinal, que, na prática, substituiu a taxa pelo ponto adicional. Leia mais aqui.


Segundo informações do MPF, o procurador Mário Sérgio Barbosa acusa a Anatel de não ter reprimido essa prática, a despeito das resoluções vigentes. A agência reguladora alega que suas normas não tratam de aluguel de equipamento.


Barbosa argumenta que a Anatel aprovou o Regulamento de Proteção e Defesa dos Direitos dos Assinantes dos Serviços de TV por Assinatura, dispondo que a programação do ponto principal, inclusive programas pagos individualmente pelo assinante, deve ser disponibilizada sem cobrança adicional para pontos-extras, instalados no mesmo endereço residencial. O regulamento dispõe também que a prestadora pode cobrar apenas a instalação e os reparos da rede interna e dos decodificadores de sinal.


O procurador aponta que a cobrança pelo ponto-extra continua de forma disfarçada, sob a nomenclatura de "aluguel de decodificador". As prestadoras estão exigindo uma nova instalação e cobrando pela manutenção de outro ponto de saída do sinal dentro da mesma dependência. Porém, o custo de disponibilização do sinal em ponto-extra não representaria uma despesa periódica e permanente a fim de justificar uma mensalidade, o que torna a cobrança do “aluguel” ilegal.


Barbosa sustenta ainda que, ao aderir ao serviço, o consumidor adquire um pacote contendo vários canais. É, portanto, seu direito usufruir mais de um canal ao mesmo tempo, em diferentes locais de sua casa.


O MPF requer liminarmente que seja determinado à NET, SKY e Embratel o fim da cobrança pelo ponto-extra em todo o Brasil e que as empresas sejam proibidas de fazer qualquer tipo de cobrança, direta ou indireta, para o fornecimento desse tipo de serviço. Além disso, pede-se que a Anatel seja obrigada a fiscalizar as empresas de TV por assinatura, aplicando as penalidades previstas em lei, quando forem constatadas irregularidades.Fonte: UOL

Presos do Brasil viram assunto na ONU


O vídeo acima foi gravado pela Associação dos Investigadores da Polícia Civil do Espírito Santos.

As imagens são da semana passada –terça (9) e quarta (10). Mostram cenas degradantes.

Presos espremidos em cárceres da chamada Grande Vitória, a capital capixaba. Esquecidos aqui, os detentos viraram asssunto no exterior.

Nesta segunda (15), o sistema prisional do Espírito Santo será debatido em Genebra, num painel na Comissão Direitos Humanos da ONU.

No Brasil, não há lista de temas que interessam à população que não inclua a criminalidade. É questão obrigatória.

Em matéria de insegurança, exausto de tanto debate, o brasileiro imagina-se diante de um dilema sem solução. Engano. Na verdade, o país ainda nem enxergou o problema.

Pior: talvez não queira enxergar. Pede-se mais polícia e mais presídios. Como se a cadeia fosse o fim do problema. Bobagem.

É no cárcere que o problema começa. Desnecessário qualificar as cadeias brasileiras. Qualquer zoológico oferece estadia mais decente.

Tratado assim, como sub-bicho, o preso vira fera. E, como não há no país nem pena de morte nem prisão perpétua, o animal bravio está condenado a ganhar as ruas.
Em tempos de campanha eleitoral, caberia aos políticos iluminar a questão. Preferem, contudo, escondê-la.

A propósito do esonde-esconde, vale a pena ler uma nota veiculada pelo repórter Elio Gaspari em sua coluna deste domingo (14), sob o título Masmorras de Hartung:


“Realiza-se amanhã em Genebra um evento paralelo à reunião da Comissão de Direitos Humanos da ONU, durante o qual ficará disponível o ‘Dossiê sobre a situação prisional do Espírito Santo’.

Tem umas 30 páginas e oito fotografias de corpos esquartejados que ficarão cravadas na história da administração governador Paulo Hartung.

Na semana passada, neste espaço, foi publicado um texto intitulado ‘As masmorras de Hartung aparecerão na ONU’.

O jornal ‘A Tribuna’, de Vitória, que detinha direitos de reprodução da coluna no Espírito Santo, deixou de publicá-la. Diante disso, o signatário encerrou suas relações profissionais com ‘A Tribuna’.

Eremildo, que é um idiota, está convencido de que esse foi mais um passo da ofensiva chavo-petista para instalar o controle social dos meios de comunicação no Brasil.

Informado de que o governador do Espírito Santo é do PMDB, já foi tucano, mas nunca passou pelo PT, o cretino pediu 250 anos para pensar no assunto.


- Serviço: No radapé da nota, Gaspari anota o link que conduz ao dossiê com as fotos de presos esquartejados. Pressionando aqui, você chega à peça. Para ver, é preciso ter estômago.

Escrito por Josias de Souza

Promotor afirma que ataques do PT é uma tentativa de intimidação

O promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, chamou de tentativa de intimidação as reações de dirigentes do PT às investigações do caso Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). "Os ataques pessoais e campanhas difamatórias representam um claro sinal de desrespeito e uma tentativa de intimidação", afirma o promotor em nota divulgada nesta segunda-feira.


No dia 5, o promotor pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por suposto envolvimento no esquema de desvio. Blat também pediu o bloqueio das contas da cooperativa. Vaccari faz parte da cooperativa desde a sua fundação e foi presidente da entidade.


Segundo ele, os pedidos foram baseados em provas e depoimentos inegáveis. O promotor diz que, no ano passado, a Justiça já havia aceitado o pedido de depoimento de Vaccari.


"Exerço uma carreira de Estado e não de governo e não estou investigando pessoas ligadas a partidos políticos, mas sim dirigentes e ex-dirigentes de uma cooperativa habitacional que lesou milhares de famílias", afirma Blat.


O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), afirmou na semana passada que a ação do promotor faz parte de uma "articulação política mal engendrada".


"Essas denúncias são falsas. Primeiro porque o Vaccari assumiu a Bancoop depois dos problemas da Bancoop. E o promotor Blat sabe que aquela movimentação [R$ 31 millhões] é interbancária. Ou seja, de diversas contas da Bancoop para uma conta da Bancoop", disse Vacarezza.


Também na semana passada, o juiz Carlos Eduardo Lora Franco, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais e Corregedoria da Polícia Judiciária da Capital), negou o bloqueio das contas da Bancoop e adiou a decisão sobre a quebra do sigilo bancário e fiscal de Vaccari. Para ele, não há embasamento técnico em parte do pedido feito pelo Ministério Público de São Paulo.


O advogado Pedro Dallari, que defende a Bancoop, disse na última quinta-feira que estuda processar o promotor. "O promotor Blat está obcecado pela ideia de destruir a cooperativa", afirmou. Segundo o advogado, as acusações do promotor feitas pela imprensa não são se traduzem em medidas judiciais.


Blat afirma que analisou mais de 8.000 páginas de documentos do processo que envolve o desvio de recursos e concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa. Esse tipo de movimentação é uma forma de não revelar o destino do dinheiro.


O desvio de dinheiro pode ter chegado a R$ 100 milhões, segundo estimativa do promotor. De acordo o Blat, os valores já eram conhecidos desde 2008, ainda na fase do inquérito instalado para investigar o suposto desvio que prejudicou 3.000 famílias de cooperados, com prejuízo médio de R$ 33 mil.


Segundo a investigação, dirigentes da cooperativa teriam criado empresas fantasmas que prestavam serviços superfaturados e faziam doações não contabilizadas ao PT. Para Blat, há indícios de caixa dois, uma vez que os recursos repassados ao partido não constam dos registrados da Justiça Eleitoral. Fonte: Folha Online
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