Campanha à vaga aberta na ABL com a morte de José Mindlin revela os ardis e estratégias usados por quem disputa cadeira na casa
Cecília Acioli/Folha Imagem
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FABIO VICTOR
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Eram 14h45 da última sexta quando um carro, escoltado por seguranças, estacionou em frente ao prédio da Academia Brasileira de Letras, no centro do Rio. Dele desceu Eros Grau, ministro do Supremo Tribunal Federal e candidato à cadeira 29 da ABL, vaga desde a morte do bibliófilo José Mindlin.
Levava quatro livros numa mão e uma bengala na outra. Informada da visita horas antes por operadores de campanhas adversárias, a reportagem o aguardava e se identificou.
Deu-se o seguinte diálogo: "Boa tarde, ministro". "Mas... o que é isso? Não vim à academia, vim no outro prédio." "Eu sei que o sr. vai se encontrar com a Ana Maria Machado [secretária-geral da ABL] às 15h." "Não faz isso." "Só quero ouvi-lo sobre a sua candidatura." "Não posso falar. Candidato não fala", finalizou
Grau. E foi ao encontro de Ana Maria Machado.
A eleição é em 2 de junho, mas a campanha já está a mil. Na verdade, começou antes mesmo da morte de Mindlin. Fonte: Folha de S. Paulo
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