No mesmo momento em que o governo anunciava uma redução de 45% do desmatamento da Amazônia entre 2008 e 2009 (esses dados ainda são parciais porque somente parte da floresta foi analisada) nesta quinta-feira, eu participava de um seminário em São Paulo que falava justa
mente como o nosso consumo tem a ver com a destruição da maior floresta do planeta. Como consumidores podemos fazer escolhas e é isso que faz toda a diferença. O problema é que há poucos sinalizadores para isso. Quando vamos a um supermercado não sabemos a procedência dos produtos e isso dificulta as escolhas.
O projeto “Conexões Sustentáveis: São Paulo – Amazônia”, do qual eu participei do seminário, trata justamente disso. A iniciativa busca mobilizar as cadeias de valor dos setores da pecuária, da madeira e da soja através de pactos setoriais para a preservação da floresta Amazônia e seus povos. Os documentos põem como obrigação dos signatários o financiamento, a distribuição e a comercialização de produtos com certificação (ou que estejam em processo de regularização) e acorda o boicote de fornecedores que façam parte da Lista Suja do Trabalho Escravo e/ou da Lista de Embargos do Ibama. E no caso do Pacto da Soja, que estejam localizadas nas áreas liberadas pela “Moratória da Soja”.
Voltando a questão da redução do desmatamento, duas frases me chamaram atenção e fizeram com que eu não comemorasse a redução do desmatamento e aceitasse as metas impostas pelo governo de reduzir em 80% o desmatamento. Aceitar isso, é aceitar que um dia a floresta estará totalmente derrubada. Temos que lutar pelo DESMATAMENTO ZERO!
"Não é que desejamos o desmatamento zero, ele tem que acontecer porque senão um dia a floresta vai acabar”
Philip Fearsnside, pesquisador da Amazônia
"Hoje já não devíamos mais falar em desmatamento, devíamos estar falando em índice de reflorestamento da Amazônia”
Orlando
Fonte: Caminhos Alternativos
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